🥕Novas fontes de rendimento. Quais? Como começar?

Para poupar, podes gerir melhor os gastos ou criar uma nova fonte de rendimento. Neste artigo vamos explorar esta segunda opção. Vais descobrir 3 alternativas e escolher a melhor opção para ti. Bora?

Todos queremos ganhar mais, seja para ter uma casa melhor, para poupar ou para investir mais rapidamente e normalmente pensamos que a melhor forma de o fazermos é gerir melhor o nosso rendimento actual, sendo mais eficientes a gastar ou gerir melhor os impostos, mas criar novas fontes de rendimento é uma opção muito interessante e ainda reduz o risco de dependência de uma única fonte de rendimento.

No entanto, pode parecer assustador e confuso procurar maneiras novas de ganhar dinheiro. Com tantas opções disponíveis, como é que eu sei qual é a melhor para mim? Por isso, fizemos esta a pesquisa por ti e encontrámos três opções que pessoas como tu (e nós) estão a explorar: ser freelancer, criar um negócio próprio ou investir.

Neste artigo, vamos explorar cada uma dessas opções em pormenor, desde as suas vantagens e desvantagens até aos passos que podes dar para começar. Se queres ganhar mais dinheiro e descobrir novas oportunidades financeiras, continua a ler para descobrir as opções mais fixes para ti.

4 razões para procurar maneiras novas de ganhar dinheiro.

Uma das principais é atingir objetivos financeiros mais rapidamente. Se tens um objetivo específico em mente, como poupar para uma casa ou pagar uma dívida, uma fonte de rendimento adicional pode ajudar-te a atingir esse objetivo mais rapidamente.

Além disso, encontrar maneiras novas de ganhar dinheiro pode ajudar a reduzir a dependência de um único emprego. Se o mercado de trabalho estiver instável, ou se quiseres ter mais liberdade e flexibilidade no teu trabalho, ter uma fonte de rendimento adicional pode ajudar-te a sentires-te mais seguro(a) financeiramente.

Outra razão para procurares maneiras novas de ganhar dinheiro é explorar uma paixão ou um hobby. Se tens uma habilidade ou um interesse específico que possas monetizar, encontrar uma maneira nova de ganhar dinheiro pode permitir-te fazer o que realmente gostas e ganhar dinheiro ao mesmo tempo.

Por último, a procura da independência financeira. Há pessoas que procuram aumentar fontes de rendimento com o objetivo-último de não dependerem de ninguém para tomar as suas decisões financeiras (no limite, nem mesmo da segurança social para a reforma). Esta razão é na verdade uma que todos deveríamos considerar. A independência total financeira é difícil alcançar, mas pelo menos a liberdade parcial é possível alcançar e com ela podemos decidir estar mais com a nossa família, escolher um trabalho que realmente gostamos, com menor dependência de salários, entre outras possibilidades. Podes ler mais sobre este tema no nosso primeiro artigo.

Rendimentos ativos e passivos

Antes de olharmos para os tipo de rendimento que podes desenvolver é preciso compreender que existem 2 tipos de rendimentos, o ativo e o passivo.

Rendimento ativo

Rendimento ativo é o dinheiro que ganhas ao trabalhar, seja num emprego, negócio próprio ou como freelancer. Para ganhar mais dinheiro, tens que trabalhar mais horas ou aumentar o preço dos teus serviços.

Rendimento passivo

É dinheiro que entra mesmo quando estás a dormir ou de férias… mas são rendimentos que estão sempre a ser geridos, mesmo nas férias. Algumas formas de rendimento passivo vêm de: mais-valias de compra e venda de ações, aluguer de propriedades, criação de produtos digitais (como cursos online ou e-books) ou royalties.

Prós e contras.

Uma das vantagens do rendimento ativo é que podes controlar o quanto ganhas em troca do teu tempo. O rendimento passivo pode ser uma boa forma de criar um fluxo de renda estável a longo prazo, que te permite ganhar tempo para criar outras fontes de rendimento.

Todos os rendimentos passivos implicam usar as nossas fichas (tempo, dinheiro e esforço) e uma boa dose de resiliência na fase de criação porque é um pouco ambíguo o tempo que pode demorar a ser realizada (pode até demorar anos, dependendo dos projetos). Depois, o esforço de manutenção dessa fonte de rendimento é cada vez menor no dia-a-dia, em proporção à tração do projeto e aos recursos aplicados, até se tornar residual, aka “passivo”.

Por outro lado, o rendimento ativo pode ser mais imediato a começar a dar retorno, mas pode implicar mais horas de trabalho e, muitas vezes, depender de outros fatores como a economia ou o mercado de trabalho.

Agora que compreendes melhor a natureza dos rendimentos, vamos lá considerar as 3 fontes de rendimento adicionais que pessoas como nós estão considerar.

As primeiras opções para ganhar dinheiro

Nómada digital que viaja enquanto faz freelancing.

1. Ser freelancer

Ser freelancer é uma ótima opção para quem tem conhecimentos específicos e pode ser uma ótima maneira de ganhar dinheiro extra, como complemento ao teu trabalho principal no conforto da tua casa e escolhes as tarefas e projetos que queres realizar. Algumas das áreas mais populares para freelancers incluem design gráfico, redação e edição de texto, programação, marketing digital e tradução.

Uma grande vantagem de ser freelancer é ter a liberdade de escolher os teus clientes e projetos, o que te permite trabalhar em áreas que realmente te interessam e aperfeiçoar as tuas competências. Além disso, podes definir o teu próprio horário e trabalhar em qualquer lugar, desde que tenhas uma boa conexão à internet.

No entanto, é importante lembrar que ser freelancer também tem os seus desafios. Precisas de autodisciplina e organização para gerir os teus projetos, clientes e finanças. Além disso, pode levar tempo para construir a tua base de clientes e ganhar uma base de rendimento consistente como freelancer.

Para perceber se estás preparado para ser freelancer, considera os seguintes 3 passos:

1. Identifica as tuas competências e avalia se tens experiência suficiente na área em que queres trabalhar.

2. Analisa o teu perfil de trabalho e personalidade, e considera se tens a disciplina, a organização e a motivação necessárias para trabalhar por conta própria.

3. Se ponderares avançar para isto de forma a fazer um caminho para se tornar o teu trabalho full-time a prazo, pondera os teus recursos financeiros e define um plano que te permita gerir as tuas finanças de forma responsável enquanto trabalhas como freelancer.

Se te sentes confortável com estas considerações, então pode ser que estejas preparado para ser freelancer. Lembra-te que esta opção pode trazer muitas vantagens, mas também pode ser desafiadora. É um trabalho mais solitário e precisas de estar preparado/a para lidar com a incerteza e a instabilidade financeira que surgem, principalmente à medida que vais criando mais dependência desta fonte. No entanto, se estiveres a sentir a motivação e que tens esse compromisso, esta pode ser uma ótima opção para ti.

Rui Nabeiro, empresário icónico de Portugal, fundador da Delta. (1931-2023)

2. Criar o teu próprio negócio

Se vires que tens uma boa oportunidade podes criar um bom negócio. Alguns exemplo de como se parecem algumas oportunidades que te podem levar a empreender: Tens know-how acima da média sobre determinada área ou produto - através de experiência no trabalho ou investigação; uma oportunidade de fazer em determinada geografia ou demografia algo que já se faz noutras; tens um canal privilegiado para vender determinado produto ou serviço.

Um novo negócio não tem que ser o novo Chatgpt ou Google. Acima de tudo, deve ser um produto ou serviço que resolva bem um problema ou que corresponda bem em resposta a uma necessidade de um segmento de cliente.

A primeira coisa a fazer é criar uma boa hipótese ou teoria sobre o que queres fazer para poderes testar essa teoria da forma mais barata possível e veres se “tens um negócio”, para que depois gradualmente possas investir mais recursos. Há trabalhos que tu podes evoluir para full-time ou poderás até continuar com ele sempre como um part-time.

Ao criar o teu próprio negócio, tens a liberdade de definir o teu próprio horário e de trabalhar no que realmente gostas. No entanto, é importante lembrar que criar o teu próprio negócio pode ser um processo demorado, desafiante e, como qualquer side-gig, afeta a vida pessoal. Precisas de ter uma boa ideia, planear cuidadosamente e executar eficazmente para ter sucesso.

Algumas das áreas mais populares para se criar um negócio incluem e-commerce, produtos artesanais, serviços de consultoria, produtos digitais (como ebooks) e aluguer de imóveis.

Para perceber se estás preparado para criar o teu próprio negócio, considera os seguintes 3 passos:

1. Identifica uma necessidade/problema no mercado, avalia se tens uma ideia inovadora, uma capacidade ou uma visão diferente que possam dar resposta a essa necessidade;

2. Analisa o teu perfil empreendedor e considera se tens as competências, a disciplina e a motivação necessárias para criar e gerir um negócio;

3. Pondera os teus recursos financeiros e define um plano financeiro que te permita gerir as tuas finanças de forma responsável enquanto constróis o teu negócio.

Se te sentes confortável com estas considerações, então pode ser que estejas preparado para criar o teu próprio negócio. Lembra-te que esta opção pode trazer muitas vantagens, mas também pode ser desafiadora. Neste caminho será muito importante controlar gastos e procurar testar ao máximo o potencial do projeto, gastando o mínimo. Não caias na armadilha de criar algo sem ter a certeza que existe um mercado. Encontra os clientes e o mercado primeiro. O produto vem depois. 🙂

Se gostas desta opção, avança! Depois, conta-nos como correu! :)

Warren Buffett, o investidor individual com melhores resultados de sempre.

3. Investir as tuas poupanças

Investir numa coisa em que acredites pode ser uma ótima maneira de ganhar dinheiro a longo prazo. Para que seja claro, longo prazo são pelo menos 3-5 anos e esta é a perspectiva de um investidor que como nós está ocupado com a vida do dia-a-dia e que não tem tempo nem recursos para fazer especulações de curto prazo.

O melhor momento para comprar é sempre que tiver dinheiro; e o melhor momento para vender é nunca. -Warren Buffet

Podes investir em diversas opções de investimentos, cada uma com diferentes níveis de risco e potencial de retorno:

• Ações: Comprar ações significa comprar uma pequena parte de uma empresa, para ganhar retornos pelo valor da empresa ao longo do tempo - que tanto pode ser entregue em valorização das acções (por bons resultados ou aquisições de outros empresas), como em dividendos (i.e. distribuição de lucros da empresa com os donos das suas acções). Investindo considerando que estamos a comprar parte de uma empresa, o nosso indicador de sucesso é o valor e o crescimento da empresa. Se a empresa não tiver sucesso, o valor das ações pode cair. Investir em ações é geralmente considerado um investimento de alto risco, principalmente quando existe a tentativa de fazer especulações de compra e venda de curto prazo.

• ETFs: ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos que acompanham um índice de mercado, ou sector ou tema de investimento. Isto significa que ao investir num ETF, tu estás a investir numa ampla variedade de empresas. Um ETF é geralmente considerado uma opção de investimento mais segura do que ações individuais, por via da diversificação, já que estás a investir num número alargado de empresas, em que dificilmente conseguirias investir se estivesses a comprar acções. Por esse motivo, têm normalmente uma menor volatilidade, ou seja, normalmente descem menos, mas também sobem menos, que as acções individuais que os compõem.

• Imóveis: Investir em imóveis pode envolver comprar propriedades físicas para alugar ou investir em fundos imobiliários. Investir em imóveis pode ser uma opção menos arriscada do que investir em ações, mas tem risco (como qualquer forma de investimento), como problemas de locação ou flutuações do mercado imobiliário.

• Criptomoedas: As criptomoedas são moedas digitais que podem ser compradas e vendidas em várias plataformas de negociação. As criptomoedas são geralmente consideradas um investimento de alto risco, pois o seu valor pode flutuar muito, i.e 20-30% para cima e para baixo num só dia. É uma área vista com muito potencial, mas com muitos riscos que tornam muito especulativos os investimentos a menos de 5 anos.

É importante relembrar que todos os investimentos envolvem risco e que nenhum investimento é totalmente seguro. Antes de investir, é importante fazer a pesquisa e entender os riscos e potenciais benefícios de cada tipo de investimento, ou faz-nos perguntas nos comentários.

Queres começar a investir?

Considera o seguinte, antes de começares:

1. Aprende: é importante que te eduques sobre os diferentes tipos de investimentos disponíveis e como eles funcionam. Lê livros, artigos e assiste a vídeos para entender os conceitos básicos de investimento. Cuidado com as dicas infalíveis na internet… são provavelmente péssimas ideias. Não ponhas dinheiro no que não entendes e não faças nenhum investimento que não nasça do teu trabalho de investigação ou de aconselhamento financeiro personalizado profissional.

2. Define os teus objetivos: Definir os teus objetivos financeiros e o que queres alcançar com os teus investimentos, ajudará a orientar as tuas decisões de investimento e a manter-te focado nos teus objetivos a longo prazo.

3. Gere o risco: Investir implica sempre risco, mas é importante compreender os riscos envolvidos e geri-los de forma adequada. Diversificar o teu portfólio de investimentos e investir em diferentes classes de ativos pode ajudar a reduzir o risco global do teu portfólio. Não invistas dinheiro de que podes precisar nos próximos meses, nem invistas valores que te façam perder o sono. Investe para o longo prazo. Queres comprar liberdade e paz de espírito. Não queres comprar ansiedade e noites em branco.

Lembra-te que o investimento é uma atividade que requer dedicação e paciência. Não esperes lucros imediatos e não invistas mais do que estás disposto a perder. Se fizeres a tua pesquisa, definires objetivos claros e gerires os riscos adequadamente, podes ter sucesso como investidor a longo prazo.

Trabalho de Casa

1. Qual destas 3 fontes de rendimentos fazem mais sentido para ti?

2. Analisa se estás ready para começar a desenvolver essa fonte de rendimento, respondendo às perguntas.

3. Se por acaso tens alguma fonte de rendimento adicional que gostasses de sugerir - partilha nos comentários!

   • Que desafios sentiste, ou estás a sentir?

   • Qual o melhor conselho que tens em relação a qualquer uma destas fontes de rendimento?

   • Qual o próximo artigo que tem que sair?

   • Partilha algo que gostavas que tivessem partilhado contigo mais cedo.

Not ready, yet? Links úteis 🥕

• 5 Formas de Gerar Diferentes Fontes de Rendimento - Forbes

• Um guia prático criar um negócio - YCombinator, líder a identificar as melhores novas empresas no mundo.

• Os básicos de investimento - Finimize, plataforma para ajudar pessoas a investir em acções.

• 7 passos para ter tornar num freelancer - Upwork, um dos maiores marketplaces que faz ponte entre freelancers e clientes.