Ansioso, Evitante ou Seguro: Descobre o Teu Estilo de Apego ao Dinheiro
Sabias que tens um “estilo de apego” com o dinheiro, tal como tens nas relações pessoais? Neste artigo, explicamos os três principais estilos de relação financeira – ansioso, evitante e seguro.
Olá, bem-vindo a mais um artigo amador! 👋
Já sentiste um frio na barriga ao abrir a app do banco? Ou tens aquele amigo que ignora completamente as finanças até ao último segundo? 🤔
Hoje vamos explorar como o nosso “estilo de apego” ao dinheiro molda essas atitudes. Preparado? Vamos a isto! 🚀
Imagina a seguinte situação: a Inês conta os dias para receber o salário e, mal o dinheiro entra na conta, fica logo ansiosa a transferir parte para a poupança e a planear como vai pagar tudo certinho, evitando qualquer gasto extra. Já o Pedro vive despreocupado: gasta sem ver e, quando o saldo começa a tremer, enfia a cabeça na areia – evita olhar para o extrato bancário e finge que está tudo bem. 😂
Dois comportamentos opostos, mas que têm algo em comum: ambos revelam estilos de apego inseguros em relação ao dinheiro.
Tal como existem estilos de apego nas relações pessoais, nas finanças também podemos ser “ansiosos” (como a Inês), “evitantes” (como o Pedro) ou – no melhor dos casos – “seguros”. Estas tendências normalmente têm raízes profundas: “O nosso apego ao dinheiro tende a enraizar-se nas crenças financeiras com que crescemos”, explica a terapeuta financeira Khara Croswaite. Ou seja, se em criança viste os teus pais sempre preocupados com contas, podes ter interiorizado um medo de falta de dinheiro; se o dinheiro era um assunto tabu ou causa de discussões, talvez tenhas aprendido a evitá-lo.
Na verdade, não és o único: um estudo recente em Portugal revelou que metade das pessoas sente ansiedade só de pensar nas suas finanças, e cerca de 18% prefere nem pensar nelas. Não admira que o dinheiro seja frequentemente apontado como um dos maiores motivos de divórcio – este tema carrega mesmo muitas emoções fortes.
Neste artigo vamos ajudar-te a descobrir qual é o teu “estilo de apego” financeiro, de onde ele vem e – o mais importante – como podes evoluir para uma relação mais segura e saudável com o teu dinheiro. Vamos a isso!
De onde vem o teu apego ao dinheiro? 🧒
O conceito de “estilos de apego”, desenvolvido po John Bowlby: descreve como, desde bebés, desenvolvemos padrões de ligação com os nossos cuidadores, que depois influenciam as nossas relações na idade adulta. E não é só com pessoas – também temos uma relação com o dinheiro. As experiências que vivemos em casa, as conversas (ou discussões) que ouvimos sobre dinheiro, tudo isso vai moldando as nossas crenças e atitudes financeiras ao longo do tempo.
Lewis Howes, especialista em desenvolvimento pessoal, defende que toda a gente tem uma espécie de “personalidade financeira” única, que guia o seu comportamento monetário – mesmo que muitos de nós nunca tenham parado para pensar nisso. Se nunca refletiste sobre o teu “eu e o dinheiro”, vale a pena começar já. Um bom ponto de partida é recordar a tua história do dinheiro: como foi o ambiente financeiro na tua infância e que mensagens recebeste sobre dinheiro ao crescer. Os nossos comportamentos atuais muitas vezes ecoam essas primeiras lições.
Aliás, o autor sublinha que tendemos a desenvolver o estilo financeiro que vimos nos nossos pais (a menos que conscientemente o contrariemos mais tarde). Portanto, se os teus pais não tinham uma relação segura com o dinheiro – por exemplo, se discutiam por causa de dinheiro ou viviam em constante aperto – provavelmente herdaste algumas dessas inseguranças sem dar conta. E o inverso também é verdade: quem cresceu com um bom exemplo financeiro tem mais probabilidades de se sentir confortável a lidar com dinheiro em adulto.
Muitos de nós acabam por cair em padrões extremos devido a essas influências: ou ficamos obcecados e ansiosos com dinheiro, ou preferimos evitá-lo por completo para não enfrentar o desconforto. (Há até quem oscile entre ambos, como veremos adiante.) Mas nada disto é definitivo – já a seguir, vamos dissecar estes estilos inseguros para depois descobrirmos como podemos mudar.
E já agora, na tua família falava-se de dinheiro quando eras criança? Responde aqui 👇
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Ansioso vs. Evitante: dois extremos do apego financeiro 😰🙈
Vamos conhecer melhor os dois principais estilos de apego inseguros ao dinheiro. Talvez te reconheças num deles (ou em ambos!).
Estilo Ansioso: Aqui o mote é preocupação constante. Se tens um apego ansioso, vives com medo de que o dinheiro nunca seja suficiente – mesmo que até estejas financeiramente estável. Impera o mindset de escassez, aquela sensação de que algo terrível vai acontecer se não controlares cada cêntimo. Pessoas neste estilo costumam ser extremamente organizadas (ou até obsessivas) com as finanças: fazem orçamentos rígidos ao detalhe e sentem culpa em cada gasto “não essencial”.
Pequenos pagamentos do dia-a-dia podem gerar um grande nervosismo, resultando em sintomas físicos de stress (tensões musculares, insónias) causados pela ansiedade financeira. Talvez sejas daquelas pessoas que verificam o saldo bancário todos os dias (ou várias vezes ao dia), andas sempre à caça do produto mais barato e escolhes o item menos caro no menu do restaurante – não porque não possas pagar algo melhor, mas porque gastar deixa-te desconfortável.
A parte positiva de ter um estilo ansioso é que, com tanta disciplina, provavelmente consegues atingir metas financeiras (como poupar bastante) rapidamente. Mas o custo emocional é alto: vives num estado de alerta e stress que pode tirar o prazer de usufruir do dinheiro quando seria apropriado.
Estilo Evitante: No extremo oposto, o estilo evitante caracteriza-se por fugir de pensar em dinheiro. É aquele caso clássico de “olhos que não veem, coração que não sente”. Se és evitante, provavelmente adias o confronto com as finanças: evitas abrir os emails do banco, deixas as faturas para o último minuto (ou esqueces-te), nem sabes ao certo quanto tens na conta – e preferes nem saber, para não stressar. Em conversa, desvias o assunto de dinheiro sempre que podes.
Muitas pessoas evitantes até acreditam genuinamente que “não precisam de muito dinheiro para serem felizes” e podem ver a preocupação financeira como algo mesquinho. Há quase um orgulho em não ligar a dinheiro – como se assim estivessem acima dessas “materialidades”. O problema é que, ao evitar o tema, acabam por perder controlo e oportunidades. Por vezes, este perfil envolve também auto-sabotagem financeira: por exemplo, não negociar um aumento de salário que mereces, ou manter os preços do teu trabalho baixos para “não incomodar” os outros com cobranças – uma espécie de “pobreza nobre”, em que sacrificas o teu bem-estar financeiro pelo benefício (ou conforto) de terceiros.
Enquanto o ansioso se consome de preocupação, o evitante prefere enterrar a cabeça na areia… mas as consequências acabam por aparecer: contas atrasadas, poupanças inexistentes, investimentos adiados. E quando a realidade bate (porque eventualmente bate), o stress acumulado pode levar a decisões precipitadas e burnout financeiro.
Estilo Desorganizado (Fearful-Avoidant): Existe ainda quem se identifique um pouco com ambos os extremos anteriores. Ora tenta controlar cada gasto ao cêntimo, ora “passa-se” e faz compras impulsivas sem pensar nas consequências. Este estilo desorganizado é caracterizado por essa montanha-russa emocional: uma parte de ti sente ansiedade em relação ao dinheiro e impõe regras rígidas, mas outra parte entra em negação e rebeldia financeira, especialmente quando a pressão de seguir as regras se torna insuportável. Imagina alguém que faz um orçamento apertado durante um mês inteiro… e no mês seguinte, farto de tanta restrição, estoura dinheiro numa viagem espontânea ou em compras online fora de controle. Identificas-te? 😅 Então podes considerar-te neste grupo híbrido.
E tu, consegues reconhecer-te em algum destes perfis “inseguros”? Ou achas que tens uma relação tranquila com o dinheiro? Vota na poll abaixo e descobre como os outros leitores se sentem:
Já votaste? Qual foi o resultado que escolheste? Partilha connosco nos comentários qual é o teu estilo de apego ao dinheiro e se te surpreendeu ou fez sentido – adorava saber a tua experiência! 🙂
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Rumo a um estilo seguro: como melhorar a tua relação com o dinheiro 💪
Chegámos ao estilo desejado – aquele a que todos aspiramos. O Estilo Seguro é, basicamente, ter uma relação saudável e equilibrada com o dinheiro. Significa sentires-te confiante nas tuas decisões financeiras, sem ansiedade excessiva mas também sem desleixo. Tens conforto com o dinheiro que possuis (mesmo que queiras melhorar a tua situação), não deixas que os altos e baixos das finanças definam o teu humor, e consegues equilibrar o gastar e o poupar de forma consciente. Em vez de entrares em pânico quando surge uma despesa inesperada, consegues encará-la com racionalidade. Em vez de evitares olhar para a conta, controlas as finanças ao teu ritmo, mas sem que isso te roube a paz de espírito. O dinheiro, para quem tem um apego seguro, torna-se sobretudo uma ferramenta – um meio para atingir os fins que valorizas – e deixa de ser um bicho-papão emocional.
Soa bem, não é? A boa notícia é que este estilo seguro pode ser desenvolvido com o tempo – ninguém nasce já a saber lidar perfeitamente com dinheiro (é algo que se aprende e treina). Ou seja, independentemente de hoje te considerares ansioso, evitante ou desorganizado, tens a capacidade de evoluir e conquistar uma relação mais tranquila. Como? Vamos a passos concretos:
1. Aumenta a tua autoconsciência. O primeiro passo é tomar consciência dos teus padrões atuais. Como vimos, muita gente anda no “piloto automático” sem nunca refletir por que sente o que sente em relação ao dinheiro. Por isso, começa por observar as tuas emoções e comportamentos financeiros no dia-a-dia.
Por exemplo: como te sentes quando recebes o salário? E quando vais pagar uma conta grande? Ficas ansioso(a)? Sentes alívio? E quando abres a app do banco para ver o saldo – há tensão, indiferença, curiosidade? Durante uma semana, tenta reparar ativamente nessas sensações. Podes até anotar num caderno essas observações, quase como um “diário financeiro emocional”. Este aumento de consciência é meio caminho andado: muitos de nós nem imaginam os gatilhos e medos subconscientes que carregam até pararem para os identificar.
2. Entende a tua história e as tuas crenças. Depois de reconheceres o que sentes agora, é hora de olhar para trás. Por que razão te sentirás assim? Retoma aquela ideia da “história do dinheiro” da tua vida: quais foram os momentos marcantes que moldaram a tua visão? Há alguma memória de infância relacionada com dinheiro que se destaque (boa ou má)? Quais as crenças que herdaste ou desenvolveste?
Por exemplo, “dinheiro é insegurança”, “falar de dinheiro é feio”, “mais dinheiro traz mais problemas”? Perceber a origem dos teus padrões reduz muito o poder que eles têm sobre ti. Uma dica: escrever sobre isto pode ser terapêutico. Pega em papel e caneta e escreve livremente sobre as tuas primeiras lembranças financeiras, ou faz um diálogo imaginário com o dinheiro. (Alguns terapeutas financeiros sugerem até escrever uma carta “a terminar” a relação atual com o dinheiro, seguida de outra carta como se o dinheiro te respondesse de forma segura e encorajadora. Pode soar estranho, mas exercícios destes ajudam a reprogramar a maneira como encaras o dinheiro, substituindo medos por uma perspectiva de parceria.)
3. Adota novos hábitos positivos. Mudar a mentalidade é essencial, mas é a prática diária que consolida um novo estilo. Por isso, compromete-te com ações concretas que promovam um apego seguro. Uma das melhores é agendar um “encontro com as tuas finanças” regularmente – por exemplo, uma vez por semana – para rever o orçamento, ver como estão as despesas, poupanças e investimentos. Torna isso um ritual agradável (faz um café, põe música) para associares sensações positivas ao ato de gerir o dinheiro. Outra sugestão: celebra as tuas conquistas financeiras, mesmo as pequenas. Conseguiste pagar aquela dívida? Terminaste finalmente o teu fundo de emergência?
Mima-te um pouco, talvez com um jantar especial ou uma saída divertida (dentro das possibilidades). Recompensar-te sinaliza ao teu cérebro que cuidar do dinheiro traz coisas boas, reduzindo a tentação de o ver sempre como fonte de stress. Por falar em stress: procura também mudar a narrativa que tens em mente. Lembra-te que, no fundo, dinheiro é uma ferramenta. Alguns até o veem como uma forma de energia – e tu queres sentir-te bem com a energia do dinheiro na tua vida, em vez de a deixares controlar-te pelo medo.
Quando notares pensamentos negativos (“nunca terei suficiente”, “sou uma nulidade com dinheiro”), tenta reformulá-los: “posso não ter muito agora, mas estou a melhorar”, “estou a aprender a gerir cada vez melhor”. Parece conversa fiada, mas estas pequenas mudanças de diálogo interno acumulam grandes efeitos no longo prazo.
Por fim, não hesites em pedir ajuda se sentires que precisas. Às vezes, conversar com um profissional (um terapeuta financeiro ou consultor) pode fazer maravilhas para desbloquear traumas ou ensinar estratégias. Mesmo um amigo ou familiar com boas práticas financeiras pode ser um aliado – não tens de carregar o mundo às costas sozinho. O importante é não desistir de melhorar.
Mudar de um estilo ansioso ou evitante para um seguro não acontece do dia para a noite. É como ir ao ginásio: não ficas em forma com um só treino. Mas, pouco a pouco, vais ganhando confiança. Aquela fatura já não te provoca suores frios. Abrir o homebanking deixa de ser aterrorizante. E talvez um dia dês por ti a apreciar o ato de cuidar do teu dinheiro – porque percebes que é um ato de cuidar de ti próprio. Quando isso acontecer, parabéns: atingiste um apego seguro ao dinheiro. ✨
Conclusão
No fundo, falar de dinheiro é falar de nós mesmos. Os nossos medos, expectativas e hábitos financeiros dizem muito sobre quem somos e sobre o que vivemos. Identificar o teu estilo de apego ao dinheiro dá-te poder para mudares o que não te serve: se és ansioso, podes trabalhar para relaxar e confiar mais; se és evitante, podes ganhar coragem para enfrentar a realidade financeira; se és desorganizado, podes encontrar equilíbrio. E mesmo que já te consideres seguro, há sempre espaço para otimizar e – quem sabe – ajudar os outros à tua volta a evoluir também.
A lição principal é que é possível mudar. Tal como nas relações amorosas conseguimos ultrapassar inseguranças, nas finanças também consegues curar a tua relação com o dinheiro. Aprender a lidar com dinheiro de forma serena é, em última análise, aprender a cuidar melhor de ti e do teu futuro. O autor Lewis Howes deu ao seu novo livro o título “Make Money Easy” – a ideia de tornar o dinheiro fácil. O dinheiro torna-se “fácil” quando deixamos de o encarar como um monstro complicado e passamos a vê-lo como aquilo que é: um aliado para vivermos melhor. Quando dominas a tua mentalidade e os teus hábitos, as finanças deixam mesmo de ser um bicho de sete cabeças e passam a ser algo que tu controlas, em vez de te controlarem a ti.
Que tal começares hoje a dar o primeiro passo nessa direção? 😉 Escolhe uma das dicas deste artigo e aplica-a na tua vida. Depois, observa a diferença: talvez durmas um pouco mais descansado, talvez finalmente faças aquela chamada para renegociar um contrato, ou talvez consigas dizer “não” a um gasto desnecessário sem remorsos. Se achaste este artigo útil, partilha-o com alguém que também possa beneficiar destas ideias – vamos espalhar a educação financeira e crescer juntos! 💌
Trabalho de casa
Vamos arregaçar as mangas e pôr estas ideias em prática! 💪 Aqui tens um desafio simples para esta semana, de forma a melhorares a tua relação com o dinheiro:
Identifica o teu estilo atual. Reserva alguns minutos calmos para refletir honestamente: quando pensas em dinheiro, qual é a tua reação instintiva? Quais os pensamentos e sentimentos que surgem? Com base nisso, enquadra-te num dos perfis que descrevemos (ansioso, evitante, ou talvez um misto). Não vale dizer “nenhum” só para fugir ao exercício – sê sincero contigo próprio! 😉
Define uma pequena mudança para testares. Consoante o teu estilo identificado, escolhe uma ação concreta para praticar nos próximos dias:
Se és ansioso: por exemplo, permite-te gastar um pequeno valor (planeado) em algo que te dê prazer, sem culpa. Pode ser comprar um livro, sair para jantar ou outra coisa dentro do teu orçamento. Repara que o mundo não acaba por gastares alguns euros em ti mesmo.
Se és evitante: compromete-te a verificar o teu saldo bancário todos os dias esta semana, ou a abrir e ler aquela carta do banco que tens ignorado. Enfrenta de frente aquilo que tens evitado e repara que, muitas vezes, a antecipação do medo era pior que a realidade.
Se tens um perfil seguro (ou quando chegares lá 😃): desafia-te na mesma! Define um novo objetivo financeiro (por exemplo, aumentar a taxa de poupança ou investir numa área que ainda não conheces) para te manteres motivado e continuar a crescer nas finanças.
Avalia os resultados no fim da semana. Depois de alguns dias a implementar a mudança do passo 2, reflete: como te sentiste? Foi desconfortável no início? Ficou mais fácil com o tempo? Que obstáculos encontraste e como os superaste (ou porque não conseguiste)? O que aprendeste sobre ti próprio neste processo? Anota as tuas conclusões. Esta autoavaliação vai ajudar-te a ajustar a tua abordagem e a dar continuidade à melhoria do teu estilo financeiro nas semanas seguintes.
Fontes/Referências
Natacha Figueiredo – “Metade dos portugueses sentem-se ansiosos com as suas finanças pessoais”, Doutor Finanças, 14 Jun 2024doutorfinancas.ptdoutorfinancas.pt.
Hillary Hoffower – “Your Attachment Style Is Affecting Your Finances—Here’s What You Need to Know”, The Everygirl, 11 Nov 2024theeverygirl.comtheeverygirl.com.
Lewis Howes c/ Jay Shetty – “This ONE Mindset Shift Will Make Financial Freedom Your Reality”, entrevista no podcast On Purpose (transcrição em MillionaireFuel.com)millionairefuel.commillionairefuel.com.
Marie Forleo – “The Real Reason You’re Struggling with Money (with Lewis Howes)”, Marie Forleo Podcast, 18 Mar 2025marieforleo.commarieforleo.com.
Thais Gibson – entrevista “Your Money Attachment Style (and How to Change It)” no podcast Financial Feminist (Her First $100K), 23 Set 2024herfirst100k.com.
Lewis Howes – Make Money Easy: Your Path to Peace, Freedom, and Financial Abundance, Rodale Books, 2025.lewishowes.com



